Marco Zero
O Marco Zero presente hoje na praça da Sé é o quarto e definitivo, após três tentativas anteriores de fixar uma centralidade material na cidade de São Paulo.
O primeiro marco ficava em frente à primeira igreja da Sé, o segundo não era um monumento específico, mas a torre da segunda igreja. Posteriormente, foi criado um monumento ao lado da mesma matriz, retirando da igreja a função de demarcar a centralidade urbana.
No começo do século XX, a igreja da Sé e vários imóveis ao seu redor foram demolidos para dar lugar à nova Catedral e à grande praça à sua frente onde São Paulo deixou de ter um marco zero e a quilometragem das estradas era determinada por diversos pontos espalhados pela cidade.
É do jornalista Américo R. Netto, membro da Associação Paulista de Boas Estradas, a proposta de se estabelecer um marco zero para a cidade em 1921, para por fim a essa ausência de centralidade da cidade.
Com essa proposta, Américo Netto recorreu ao artista francês Jean Gabriel Villin para os desenhos e concepção da obra, mas sua ideia só encontrou respaldo em 1932, quando o Prefeito Antonio Carlos Assumpção aprovou o projeto. O marco, em forma de um prisma hexagonal revestido de mármore, foi instalado em frente à Catedral da Sé em 1934. Uma placa de bronze exibe um mapa das estradas que partem de São Paulo com destino a outros estados. Em cada face do marco, figuras inscritas representam os estados do Paraná, Mato Grosso, Santos, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás.